Mais do que só caspa e queda

A queda e a caspa são as maiores preocupações das mulheres quando o assunto é saúde capilar. Elas são também as mais comentadas por especialistas e as que ganham mais atenção dos produtos de beleza que prometem soluções rápidas. Contudo, os cabelos podem apresentar muitas outras doenças além dessas que todas costumam saber.

“Existem vários outros problemas que podem acometer o couro cabeludo e os cabelos. Calvície, eflúvios (telógeno e anágeno), alopecia frontal fibrosante, líquen plano, alopecia areata, psoríase do couro cabeludo, lúpus discóide, foliculites do couro cabeludo; entre outras”, lista o dermatologista Erick Omar.

Esses problemas podem ser grosseiramente divididos em doenças que levam à formação de cicatrizes no couro cabeludo (não havendo mais retorno dos cabelos, como é o caso da alopecia frontal fibrosante, lúpus discóide, líquen plano e algumas foliculites do couro cabeludo, como descalvante, abscedante e queloidiana de nuca) e doenças que não evoluem com cicatrizes (como a calvície, alopecia areata, os eflúvios e a psoríase do couro cabeludo).

A gravidade depende de em qual quadro, dentre esses dois, a doença se encaixa. “Quando evoluem com a formação de cicatrizes no couro cabeludo, não há retorno dos cabelos na área acometida. Sendo assim, são preocupantes e devem ser tratadas de imediato e no início do problema. Algumas doenças como a calvície não evoluem com cicatrizes, mas ocorre uma diminuição progressiva do volume e da qualidade dos cabelos, levando a uma rarefação e perda permanente dos fios, causando grande desconforto estético”, explica Omar.

Mulheres mais estressadas, que não mantêm uma alimentação saudável ou que apresentem alguma comorbidade – doença de tireoide, anemia, entre outras – podem estar mais propensas ao desencadeamento de alguns desses males. “É importante ressaltar que 80% das mulheres apresentam algum grau de afinamento e diminuição do volume dos cabelos, que pode ser a primeira manifestação da calvície feminina. Queixas comuns são a diminuição do volume, afinamento dos cabelos e aumento da sensibilidade do couro cabeludo”, orienta o especialista.

Se notar algum desses sintomas, é essencial procurar um médico. Segundo o dermatologista Erick Omar, na maioria dos casos não existe prevenção, já que as causas mais comuns são genética, autoimune ou inflamatória. Porém, com diagnóstico precoce e rápido início do tratamento – que pode variar de simples uso de loções e shampoos, até o uso de medicações sistêmicas –, é possível evitar a evolução das doenças.


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